É um projeto, nascido de duas costelas transmontanas. Nos seus espetáculos contados e cantados, os contos e lendas da tradição portuguesa são ingredientes principais, aos quais se acrescentam pitadinhas (burlescas) de disparate, riso e boa disposição! Uma viagem ao fantástico, onde não faltam bruxas, diabos, deuses, almas penadas, trasgos, olharapos e muitos outros seres da mitologia popular.

Vítor Fernandes, natural do reino maravilhoso de Trás-os-Montes, desde criança ouvia contos que os mais velhos contavam nas ruas das aldeias ou nos serões das casas. Busca manter a força da oralidade, através de um repertório repleto de contos de amor, humor, vivacidade, astúcia e emoção, tão próprios da tradição oral portuguesa.

Fez formação com vários narradores nacionais e internacionais e tem participado em vários festivais nacionais e internacionais de narração oral. Faz parte do grupo Contos na Eira. Em 2014, em parceria com a Livraria Traga Mundos, em Vila Real, criou o evento Traga Contos.

Em 2015 Integrou a equipa que realizou os eventos Sexta dos Contos e o Festival Porto de Contos.

Em 2021, juntamente com Clara Haddad e Mariana Machado, criou o primeiro Clube de Histórias Motivacionais em Portugal.

Juntamente com Estefânia Surreira criou o projeto Dois dos Montes.

 

Estefânia Surreira. Criei o meu projeto de mediação de leitura em 2014 e dei-lhe o nome “As tartarugas também voam”, por ser o título de um dos filmes da minha vida e por acreditar que elas voam de verdade (quando nenhum ser humano está por perto, é claro). Fui aprendendo a ler histórias em voz alta e a narrá-las, descobrindo que elas se tornam reais, no momento mágico da partilha com o outro. Com aquele que escuta. Com aquele que se deixa emaranhar nos longos fios de palavras que vamos soltando dos livros, da nossa imaginação, da nossa voz, do nosso corpo. E também aprendi, neste trabalho de “liseuse” e narradora, a escutar os outros que, tal como eu, entregam a sua alma à palavra lida, à palavra dita. Neste caminho que é, acima de tudo, de escuta, descobri o poder maravilhoso das estórias e aprendi, com quem faz da narração o seu ofício, o seu modo de vida, que é possível resgatar contos, memórias e afetos e partilhá-los com quem sabe que as tartarugas, lá do outro lado da vida, também voam.

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